Julio Jones nos Titans e um novo desafio ao lado de máquinas ofensivas

Foto: Atlanta Falcons/Twitter/Divulgação

No último dia 06 de junho, o Tennessee Titans acertou a contratação de Julio Jones. Obviamente, a situação pegou todos de surpresa, principalmente os que não acompanham a equipe. No entanto, é preciso destacar o quão certeira foi a ida do wide receiver para a nova casa: ele terá companheiros de ouro.

Que Derrick Henry é um dos principais jogadores da atual era da NFL não é novidade. Mas, e quanto a A. J. Brown? Apesar de não ter sido escolhido o Rookie of the Year ou o Ofensive Player of the Year em 2020, o jogador teve 1051 jardas, oito touchdowns, 52 recepções e 20.1 jardas por recepção em seu primeiro ano. E, no ano seguinte, ele elevou seu nível com 1075 jardas, 11 touchdowns, 70 recepções,  mas diminuiu um pouco suas jardas por recepção com 15.4.

Esses números não dizem respeito apenas ao desempenho pessoal de A.J., mas também demonstram a versatilidade com que Ryan Tannehill opera as decisões ofensivas. Durante a campanha dos Titans em 2020 foi possível entender porquê o ex-quarterback do Miami Dolphins não teve apenas sorte em sua primeira temporada no Tennessee. O alvo favorito de Tannehill foi mesmo Brown, embora tenha tentado explorar suas opções em amplos sentidos.

Durante os dois anos em que usou o uniforme azul, ele nunca teve medo de arriscar jogadas. Diferente do titular anterior na posição, Ryan obtém o melhor de seus companheiros. Seja com passes longos que caem nos braços de Antony Firkser após uma rota bem lida, ou passes que infiltram a linha defensiva e encontram Adam Humphries, ele agita os corações nas arquibancadas. Muitas vezes, a mídia americana pintou o quarterback como doido, mas definitivamente eles também não gostam de quem segura muito a bola. Se livrar dela é o melhor a fazer, e ele faz com que alcance perfeitamente o alvo.



QUAIS SÃO AS OUTRAS OPÇÕES?

Se falo dos três principais jogadores do Tennessee Titans, preciso falar também que Corey Davis é, talvez, o único que não foi “Tannehillzado”. Claro que ele recebeu alguns passes, foram 65 recepções no total, cinco touchdowns e quase mil jardas (984), o que culminou em sua melhor temporada na equipe. O problema, no entanto, foi que ele não demonstrou estar focado em oferecer opções para o quarterback, ficando atrás de jogadores de outras posições. Isso explica o porquê dele ter sido trocado para o New York Jets.

Assim, fica fácil entender também a contratação de Julio Jones, embora não necessite de um motivo. Mas ainda não falarei sobre sua adição. Por enquanto, quero destacar o quão feliz Tannehill está com o seu arsenal ofensivo. A.J. Brown não esteve presente em alguns treinos que aconteceram em junho de 2021, algo que abriu o leque de ideias na equipe. Sem o principal alvo, Ryan se animou ao encontrar alternativas caso isso ocorra durante a temporada. Ele está conhecendo e se entrosando com as novidades também, sendo Josh Reynolds seu principal foco. Após quatro anos no Los Angeles Rams, o wide receiver tem uma nova oportunidade e com um comandante que sabe extrair potencial, principalmente quando há uma ligação a mais. Em tempo, explico que os dois jogadores foram formados na Universidade Texas A&M.

JULIO JONES, PODE CHEGAR!

Uma parte das pessoas está, no mínimo, encabulada por ver a dupla Julio Jones e Ryan Tannehill no Tennessee Titans. Mas essa formação pode colocar fim à uma onda de dúvida e de subestimação que paira sobre o quarterback. Mesmo com um recorde de 18 vitórias e oito derrotas, 516 passes completos (aproveitamento de 67,3%), 6561 jardas, 55 touchdowns e 13 interceptações, e um rating de 110.6 (ufa!), o jogador é esquecido nas principais notícias e rankings.

A pergunta que rondou a contratação de Julio Jones foi justamente essa: o que ele vai arranjar nos Titans com um quarterback como Tannehill? E, eu respondo com três palavras: comprometimento, confiança e concentração. É isso que define o quarterback. É isso que o fez ter duas grandes temporadas com a equipe, vencer a divisão, chegar à final de conferência, retirar recordes negativos na divisão, entre outras situações. Vale observar que ele ainda teve que lidar com lesões e com mudanças na comissão técnica. Então, eu devolvo a pergunta: o que Ryan Tannehill vai arranjar com três máquinas ofensivas: Derrick Henry, A.J. Brown e Julio Jones?

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Julio Jones nos Titans e um novo desafio ao lado de máquinas ofensivas Julio Jones nos Titans e um novo desafio ao lado de máquinas ofensivas Reviewed by Vitória Corrêa on 17:05 Rating: 5

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