A era Vince Young (parte 02)

Quando a temporada 2007 começou, a torcida do Titans estava eufórica e muito confiante com o desempenho do seu QB titular. Após vencer o prêmio de calouro do ano, era impossível não estar confiante com o que Vince Young poderia fazer dentro do campo. A diretoria do Titans parecia compartilhar dessa expectativa, já que na off season deixou o ataque se enfraquecer. O RB Travis Henry foi para o Broncos, o WR Drew Bennett para o Rams e no draft nenhum WR nas principais escolhas. A diretoria preferiu Michael Griffin, safety da Universidade do Texas. A escolha foi acertada, Tennessee tinha uma secundária fraca e precisava de reforços. Sem grandes talentos ao seu lado, Vince Young iniciou a temporada como o principal nome do ataque, determinado a levar o time à pós-temporada depois de três anos.
Na primeira semana, uma boa vitória contra o Jaguars, adversário direto na briga pelo título da divisão. Na rodada seguinte o Titans estreava no LP Field contra o seu principal rival, o Indianápolis Colts. A partida foi dura, Tennessee jogou muito bem e as surras do Colts pareciam ter tido fim. No final o jogo o time de Peyton Manning saiu de campo com a vitória, mas por apenas dois pontos de vantagem. A segunda-feira seguinte guardava grandes emoções. O Tennessee estava de volta ao horário nobre da televisão americana e viajava a New Orlean para enfrentar os Saints no Monday Nigth Football. Com grande atuação da defesa, principalmente do LB Keith Bulluck, o Tennesse passeou em campo e chegou a bye week com duas vitórias e uma derrota.
Após a semana de descanso, o próximo adversário era o Atlanta Falcons, sem o astro Michael Vick, preso antes da temporada. Mesmo enfrentando um adversário fraco o jogo foi equilibrado, motivo de muita preocupação para a torcida. O setor ofensivo não estava produzindo como o esperado, principalmente Vince Young. Lendale White liderava o ataque terrestre, mas o mesmo não era tão eficiente como antes. O veterano Chris Brown não apresentava grandes resultados e o calouro Chris Henry estava sempre inativo. Na semana seguinte contra o Tampa Bay na Florida veio à segunda derrota da temporada. Mais uma vez o ataque se mostrou anêmico e Vince Young acabou saindo contundido no fim da partida. Coube ao veterano Kerry Collins liderar o Titans, mas no final do jogo o experiente Jeff Garcia conseguiu posicionar o Bucs para o field goal da vitória. Novamente sem Vince Young, o Titans conseguiu derrotar o Texans em Houston, com direito a um show de Rob Bironas. O kicker bateu o recorde de field gols convertidos em uma única partida. Foram 8 ao total, prova da ineficiência do nosso ataque, principalmente na red zone.
Com Vince Young de volta, o Titans conseguiu mais duas vitórias consecutivas, contra Raiders e Panthers. Apesar dos triunfos, o QB não vinha jogando nada bem. O que se via era interceptações atrás de interceptações. A tão sonhada evolução do QB parecia estar indo por água abaixo. Depois de perder para o Jaguars em casa, o Tennessee voltava ao Monday Nigth Football, agora contra o Broncos em Denver. Jogando sem o seu principal jogador de defesa, Albert Haynesworth, o Titans não conseguiu segurar o ataque adversário. Sem BigAl foram três derrotas consecutivas e se discutia o real valor do time.
Com o seu grande jogador de defesa voltando a ativa, o Titans conseguiu superar o Texans mais uma vez e continuava vivo na briga por uma vaga na pós-temporada. No próximo domingo o jogo era decisivo. Tennessee recebia o San Diego Charges e o como sempre foi disputado. Depois de abrir 17 x 3 o Titans permitiu o empate do Charges e acabou sendo derrotado na prorrogação. Com a derrota, a equipe não dependia mais dos seus esforços para chegar aos playoffs. Era preciso uma derrota do Browns e ela veio. Bastava ao Titans derrotar Chiefs, Jets e Colts. As vitórias vieram, na última rodada Indianápolis entrou com time reserva e mesmo assim Tennessee encontrou muitas dificuldades para derrotar o seu rival.
Com um desempenho medíocre, muito abaixo do esperado, Vince Young conduzia o Titans à pós-temporada depois de três anos. O adversário seria o Charges em San Diego. Após terminar o primeiro tempo na frente, Tennessee não conseguiu segurar os Charges na etapa final. O ataque como em toda temporada foi ineficiente, produzindo apenas seis pontos. Após a derrota, Vince Young saia de sua segunda temporada na liga com 10 vitórias e 5 derrotas, números que escondem o verdadeiro desempenho do QB dentro do campo. Apesar de não contar com grandes talentos ao seu lado, tal performance é inaceitável.
Ao final do ano, Jeff Fisher anunciou que Norm Chow não seria mais o coordenador de ataque, no seu lugar, teríamos a volta do Mike Heimendinger. Esperança renovada ou mais desconfiança????
A era Vince Young (parte 02) A era Vince Young (parte 02) Reviewed by Diego Scorvo on 03:52 Rating: 5

2 comentários

Professor Marcelo Arantes disse...

Normal Chow foi o bode espiatório nesta! A defesa (Haynesworth) carregou o time nesta temporada ... mas agente ainda tinha esperança em Vince Young!

Professor Marcelo Arantes disse...

Normal Chow foi o bode espiatório nesta! A defesa (Haynesworth) carregou o time nesta temporada ... mas agente ainda tinha esperança em Vince Young!

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